
Cartão de Crédito
Vamos pro primeiro sacode do ano? Estava eu na farmácia essa semana aguardando para ser atendido no caixa quando escuto um casal reclamando para a moça que ele não conseguiu usar o cartão de crédito dele no Paraguay.

A moça era evoluída espiritualmente e apenas disse:
“Poxa, que pena.”
E ele ainda indignado:
“As maquininhas são wi-fi, é só levar uma lá.”
Não meu querido meliante, não é. Para você ter uma maquininha, você precisa ter uma empresa, precisa emitir notas fiscais, recolher impostos. E os valores que se vende no Paraguay não são baixos, então não dá para simplesmente levar uma maquininha lá.
Já aconteceu de lojas divulgarem o pagamento com cartões brasileiros, e sabe o que aconteceu muito frequentemente? Os cartões foram clonados. O golpe tá aí, cai quem quer ser espertinho.
Quando você recebe um cartão apenas nacional – ou seja, deve ser usado no Brasil – e você opta por usá-lo fora do país, você está sendo cúmplice de um crime. Então quando você for vítima de um golpe no cartão senta nesse formigueiro e aguenta.

A única forma legalizada de usar o cartão de crédito fora do Brasil é ter um com limite internacional e aceitar os termos.
No Paraguay há uma taxa administrativa de 10% e pelo uso no exterior haverá mais uma taxa de quase 7% na sua fatura.
Além disso, a compra vai ser feita em dólar, aí eles vão transformar em Guaraníes, que é a moeda oficial do Paraguay, para passar na maquininha da loja.
Aí o banco do Paraguay vai transformar em dólares para cobrar do seu banco, que vai transformar de dólar para reais de novo, para cobrar na sua fatura. E em cada uma dessas “transformações” das moedas, você vai perder um pouquinho de dinheiro. No final das contas, não vale muito a pena.
Outro fato: Não existe parcelamento de compras fora do Brasil, tá? Isso é coisa de brasileiro apenas.
Me siga para não tomar na bunda fazendo besteira no exterior.
Beijos na retaguarda.
#Bença!